2010/02/04

O mito Neo-Darwinista

A maioria das pessoas aprendeu a evolução na escola. Elas sofreram a influência desta teoria ao estudarem história, ciência, filosofia e mesmo religião. A este respeito, Jean Rostand manifestou o seguinte:

«Nós estamos impregnados, saturados pela ideia transformista… Nós aprendemos tudo isso nas salas de aula. Nós repetimos, mecanicamente, que a vida evoluiu, que os seres se transformam uns nos outros.»

Este modo de doutrinação, geração após geração, acabou por influenciar inevitavelmente a mente dos homens; a tal ponto que, hoje em dia, é raro o estudante que tem um ponto de vista contrário! Quando os sábios, os professores e os clérigos mais conhecidos afirmam que a evolução é um facto, e dão a entender que só os ignorantes se recusam a acreditar, quantos leigos terão a ousadia de os contradizer? Isto é particularmente verdade para alguém que pondere seguir uma carreira científica.

Felizmente, algumas mentes particularmente clarividentes insurgem-se contra um tal estado de coisas, e no seu livro: A evolução (1960), o eminente biólogo Jean Rostand escreveu:

«É realmente certo que, tal como afirmam os neo-darwinistas, que o problema da evolução está agora resolvido? As mutações que nós conhecemos e que são consideradas responsáveis pela construção do mundo vivo são, em geral, quer privações orgânicas, deficiências (perdas de pigmento, perda de um apêndice), quer a duplicação de órgãos já existentes. Em qualquer caso, nunca produziram nada de realmente novo nem original no plano orgânico, nada que se possa considerar como base para um novo órgão ou como preparação para uma nova função. Não, decididamente não posso imaginar que estes “lapsos” da hereditariedade, mesmo com a cooperação da selecção natural, mesmo com a vantagem dos enormes períodos de tempo em que a evolução elabora a vida, puderam construir todo o mundo vivo, com a suas riquezas e as suas delicadezas estruturais, as suas adaptações espantosas.»

No decurso das últimas décadas realizaram-se numerosas experiências para se determinar o mecanismo das mutações. Estudou-se mais particularmente a mosca da fruta, Drosophila melanogaster. Esses trabalhos foram realizados, entre outros, por H. J. Muller, prémio Nobel em 1946, que disse:

«É de tal maneira raro que uma mutação seja salutar, que podemos considerá-las todas como nocivas.»

A maioria das mutações, tanto as provocadas nos laboratórios como as que ocorrem entre a população, produz deteriorações de viabilidade, enfermidades hereditárias e monstruosidades. O plano cromossómico dos organismos vivos é extremamente complexo, e qualquer modificação aleatória provocará inevitavelmente uma desorganização. Por métodos experimentais produziram-se galinhas de pescoço depenado e até mesmo sem quaisquer penas; nos insectos a cor dos olhos, as asas, os membros posteriores ou outros órgãos foram mais ou menos modificados. Mas no ambiente natural nenhuma destas mutações se mostrou favorável à sua sobrevivência.

Um acidente nunca traz melhoramentos, mas sim danos. Não se tenta melhorar a precisão de um cronómetro atirando-o ao chão, ou aumentar a complexidade de um computador dando-lhe pancadas com uma chave-inglesa!

E o factor tempo não muda nada, o que era impossível ontem, também o é hoje. As mutações em si permanecem sempre no seio da espécie primitiva. As inumeráveis mutações provocadas na Drosophila não produziram nada diferente dos seus antepassados. As mutações fizeram variar o tamanho, a morfologia e a cor das moscas, mas nenhuma mutação ou série de mutações fez aparecer um organismo verdadeiramente novo.

As células vivas são compostas de moléculas extremamente complexas, sendo elas mesmas uma combinação de diferentes e numerosos átomos. Será possível que esses átomos inicialmente disseminados aleatoriamente por todo o lado possam espontaneamente agrupar-se e ligar-se entre si? Não, porque a matéria inanimada não procura melhorar-se; ela tende, pelo contrário, a um estado de neutralização ou de estabilidade. Não adianta nada invocar a ajuda de enormes períodos de tempo. O tempo produz a decomposição e a desintegração.

Esta tendência é por outro lado enunciada numa lei termodinâmica que define a função “entropia”. Esse termo designa a tendência que toda a estrutura orgânica tem em degradar-se numa estrutura menos organizada. Nunca existe um ganho de ordem sem a intervenção de uma força exterior. A matéria inanimada, desprovida de movimento e de energia, permanecerá indefinidamente inerte sem a intervenção duma força exterior directriz e organizadora. A teoria evolucionista está em contradição com a lei da entropia.

Não se aplicaram e continua-se a não se aplicar métodos verdadeiramente científicos para construir as teorias da evolução. Os factos não impuseram as conclusões preconcebidas na mente dos transformistas. Esses factos deveriam permitir-lhes fazer um juízo baseando-se apenas em provas sólidas e tirar conclusões honestas, e não em deduções que são fundadas no egocentrismo, na busca da glória da promoção, ou através de noções preconcebidas.

A vida sobre a Terra não é fruto do acaso e da necessidade, mas o resultado de uma intervenção exterior, da intervenção dos Elohim, os nossos Criadores. (Texto de Marcel Terrusse, Engenheiro químico, Guia Raeliano, 1979)