A CIA, Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, confiou ao instituto Hudson a realização de um estudo sobre a distribuição dos recursos de carvão, petróleo e gás natural no mundo. O professor Richard Nehring, director chefe dos estudos, acabou por constatar que este estudo se transformou num enigma para ele e para os geólogos.
No final do período geológico do terciário, na época em que os continentes não estavam ainda separados como estão agora, existia uma espécie de anel petrolífero.
Depois da deriva dos continentes, este anel petrolífero fragmentou-se em partes diferentes que constituem actualmente a maioria dos grandes jazigos petrolíferos mundiais: jazigos do Árctico e do Alasca, as areias asfálticas de Alberta, os xistos betuminosos do Colorado, México, Venezuela, os óleos pesados de Orinoco, Nigéria, Sul do Sahara, Arábia, Irão e Sibéria ocidental.
Esta distribuição anelar é muito surpreendente para o professor Nehring…
Actualmente, pensa-se que o petróleo é o resultado da decomposição de organismos vivos num meio redutor e ao abrigo do ar. As gorduras e as proteínas são transformadas pelas bactérias anaeróbicas (que vivem na ausência de ar). Esta explicação sugere pois um soterramento rápido para que as bactérias aeróbicas (as que vivem na presença do ar) não pudessem decompor esses materiais.
Os materiais constituintes da hulha combustível são vegetais, mais particularmente fetos arborescentes. Também neste caso teve de haver um soterramento muito rápido, porque na floresta, uma árvore morta tombada no solo transforma-se em húmus no espaço de alguns meses. Um exame dos jazigos mostra um amontoamento e uma acumulação sobre alturas consideráveis (2000m no norte da França) e cobrindo superfícies impressionantes (18.000 km2 nos Apalaches, nos EUA).
O volume de matéria brutalmente enterrada é enorme. Nenhuma teoria actual explica de um modo satisfatório como se puderam produzir tais eventos. Nós, os raelianos, temos a chave deste enigma.
Os
Elohim, quando decidiram destruir os laboratórios e as bases que tinham construído na Terra, assim como o conjunto da sua criação, devem ter utilizado meios de destruição tais que as nossas bombas actuais ao seu lado não são mais que uns petardos de crianças. O continente original, sobre o qual eles tinham construído as suas bases e que havia sido coberto ao longo dos séculos por florestas habitadas por todos os animais da criação, não resistiu a esse cataclismo.
A superfície do solo foi varrida pelas ondas de choque das explosões, assim como as florestas e os animais, e a própria camada superficial da Terra foi decapada, soterrando sob toneladas de terra inúmeras formas de vida animal, incluindo os homens… A matéria orgânica foi assim brutalmente enterrada, sofrendo em seguida a lenta transformação em hulha combustível e petróleo…
E esse imenso anel que nos dias de hoje tanto intriga Nehring é a camada de matéria expelida para o exterior, causada pelo mais formidável bombardeamento que a humanidade já sofreu…
O próprio continente original não resistiu ao ataque violento e fragmentou-se sob o efeito das ondas de choque…
Durante o evento as placas continentais separaram-se brutalmente e, resvalando sobre o seu leito de magma viscoso, partiram em direcções diferentes: no princípio muito rapidamente, e ao longo dos anos o seu deslizamento abrandou, para hoje não serem mais do que alguns centímetros por ano…
A velocidade de separação dos continentes, que nós medimos hoje, é uma ‘velocidade residual’, que tende a diminuir com o tempo.
Durante os milhares de anos que separaram a criação do continente original pelos
Elohim do período do Dilúvio e das destruições, a erosão fez a sua obra, e acumularam-se sedimentos no fundo dos oceanos, particularmente sobre os rebordos do talude continental, sedimentos ricos em restos animais e vegetais de todo o tipo, conchas, etc.
As placas norte e sul-americanas ao deslizarem para oeste, soltaram no seu caminho os sedimentos oceânicos, que se acumularam sobre o bordo da placa continental, e que por último se elevaram formando assim a Cordilheira dos Andes e as Montanhas Rochosas.
Do mesmo modo, o subcontinente indiano separou-se de África, deslizando para nordeste, acumulando entre si e a massa asiática, a formidável massa de materiais que constituem hoje a cadeia dos Himalaias.
O continente Antárctico deslizou à deriva para sul, cobrindo-se de um espesso manto de gelo, retendo até aos dias de hoje vestígios de vegetação tropical.
A Austrália, inicialmente unida a África e ao subcontinente indiano, foi em direcção ao leste, acumulando sobre a sua superfície os sedimentos que formam hoje a Cordilheira Australiana…
Esses cataclismos foram titânicos, essas mudanças e perturbações provocaram grandes alterações climáticas e geológicas, aniquilando inúmeras formas de vida, cobrindo-as sob camadas de lama gelada, areia, lodo e terra.
Nalgumas regiões, a mudança brutal de temperatura engoliu animais e plantas de zonas tropicais numa faixa de lama congelada que os conservou até aos nossos dias. E periodicamente nós vemos emergir dos seus sepulturas de gelo, mamutes e todo o tipo de animais do grande Norte Siberiano…
Somente um pequeníssimo número de homens foi protegido na “arca” durante o Dilúvio. Aquando do seu regresso, eles encontraram os continentes completamente devastados e irreconhecíveis pelas destruições. As perturbações geológicas tinham sido enormes, em muitos locais o solo tinha sido decapado, e as fendas na crosta continental ocasionavam fenómenos vulcânicos.
Na sua deslocação sobre um solo dificilmente reconhecível, eles vieram a constatar que, ali onde eles anteriormente encontravam terra e um imenso continente, agora eles encontravam o mar.
Na sua mente e na dos seus descendentes, uma tal recordação deformou-se pouco a pouco e deste modo nasceu o mito dos continentes desaparecidos…
A ideia do desaparecimento do continente Mu e da Atlântida provem dessa recordação deformada pelo tempo e pela transmissão oral, de que em tempos longínquos, ali onde hoje encontramos água, havia outrora um continente…
Mas o continente não se afundou no mar… afastou-se…
Nem todas as espécies vivas foram recriadas após o Dilúvio. Algumas consideradas como monstruosas ou prejudiciais à manutenção do equilíbrio ecológico não foram reimplantadas, tal como sucedeu com todos os grandes répteis, dinossauros e outros grandes sáurios medonhos.
Isto explica o desaparecimento brutal e simultâneo desses animais antediluvianos…
Depois do Dilúvio os
Elohim coabitaram com os homens da Terra. Os vestígios da sua presença que nós podemos encontrar espalhados pelos quatro cantos da Terra são pós-dilúvianos.
Aprendamos a abrir os olhos, nós temos tudo à nossa volta para compreender. Nós estamos na era do Apocalipse, o tempo no qual podemos novamente esperar reencontrar os nossos criadores, os
Elohim.
(Texto de Marcel Terrusse, Guia Raeliano. Ano: 1979)